24 de outubro de 2014

* this moment *

Um jeito gostoso de blogar às sextas-feiras.
Me junto à Amanda, do SouleMama, numa reflexão fotográfica sobre a semana que vai chegando ao fim:

"{this moment} - A Friday ritual. A single photo - no words -
capturing a moment from the week. 
A simple, special, extraordinary moment.
A moment I want to pause, savor and remember."

***

21 de outubro de 2014

Devorando

Tenho o costume de ler livros diversos simultâneamente. A alternância acontece de acordo com o momento, o humor, o interesse, a necessidade.
Alguns livros passam muito tempo junto à pilha que vai se renovando. Outros tem passagem meteórica. Os preferidos retornam depois de um tempo.

Tem épocas em que leio desenfreadamente. Acabo um livro e já começo outro.
Daí vem uma calmaria, nada me empolga muito. Procuro e não encontro nada que seja realmente o que eu queira ler.
Desencano.
Aí me cai nas mãos um livro que me arrebata.

Foi assim com este:

Depois de uns meses sem mergulhar de cabeça em uma história, dei com “As Aventuras de Pi” de Yann Martel.

Não assisti ao filme (ainda).
Na época em que ele esteve em destaque simplesmente o registrei como um filme que quero ver, mas pouco li/ouvi sobre o enredo. Apenas soube que era sobre um garoto que naufragou e ficou à deriva com um tigre. Ponto.

Não sabia que havia um livro antes de haver o filme.
Não sabia que o livro tinha sido lido por milhões de pessoas.
Não sabia que era uma história real.


Simplesmente incrível.

Leio e não me contenho: vou contando trechos para o marido e para os filhotes.
Me fascino com a busca espiritual do garoto, com as informações sobre o comportamento dos animais selvagens, com a resistência de Pi ao mar, ao medo, à escassez.

Estou em alto mar, à deriva junto com Pi. Sinto sede e calor (é certo que com a ajuda desse tempo desértico que se abate sobre São Paulo).


Estou chegando ao fim já com um sentimento de apego à história.

Quando gosto muito de um livro fico com ele por perto mesmo depois de terminá-lo. Às vezes folheio suas páginas, retorno a alguns trechos. Este vou ter que desapegar (por enquanto) pois é de uma biblioteca.

Enquanto não tenho o meu próprio volume, coloco este aqui na minha estante virtual e o recomendo fortemente a quem ainda não o leu.

8 de outubro de 2014

Momentos mágicos


Momentos mágicos é como eu chamo os momentos em que a brincadeira flui leve e solta; os filhotes parecem entrar num mundo próprio. É a hora em que eles se entendem perfeitamente, (quase) sem brigas. Momentos que procuro preservar ao máximo.

Quando percebo que esta sintonia entre eles está acontecendo, chego a atrasar a hora das refeições ou do banho ou da ida ao mercado. Dentro do possível, procuro não interferir.
Deixo que façam o que a brincadeira pede: espalham brinquedos, desmontam a sala, usam vários ambientes. Geralmente a casa vira um caos. Apesar da bagunça reina a harmonia, a conexão entre eles é gigatesca e o faz-de-conta pode durar horas.

Dá para interromper algo assim?
Na minha opnião, não.
Nas primeiras vezes que estes momentos aconteceram eles eram bem pequenos , acho que tinham 2 ou 3 anos. E eu ficava maravilhada, assistia sem dar bandeira -- nessa hora adulto não mete o bedelho. É tão bom ver criança brincando, resolvendo os conflitos e inventando histórias.

O momento mágico chega ao fim com o cansaço: começam as briguinhas, reclamam um do outro, a sintonia vai dissipando. Aí chega a hora de juntar a bagunça.
Nesta hora vem o aprendizado para mim também: tentar conduzir a arrumação sem estressar (porque aí também eu já estou cansada da bagunça).

Mesmo assim, nunca duvidei da importância desta bagunça: a brincadeira e a sintonia entre eles vale cada centímetro da esparramação de coisas e até mesmo do stress final na hora de ajeitar tudo.

Li em algum lugar que a criatividade acontece em meio ao caos.
Concordo e digo: viva a bagunça!
(E viva a cooperação na hora de arrumar!) ;o)

6 de outubro de 2014

Cabaninhas no calendário

Encontrar tempo para montar o calendário e o jornal a cada mês não tem sido fácil. O tempo passa ligeiro e quando vejo acabou o dia.

De qualquer forma, tenho conseguido ao menos algumas manhãs por mês para me dedicar a pensar em temas, escrever textos e criar uma ilustração.

Sou bem menos prolífica do que gostaria mas estou aprendendo a aceitar que o meu momento é este e por isso mesmo procuro desfrutar o pouco que realizo.

Quando terminei a produção de outubro, sorri ao ver o resultado do calendário.
A ilustração me agradou e agradou aos filhotes – inclusive à filhota, que é a minha crítica mais “severa”.




O tema, cabaninhas na varanda, surgiu de um momento delicioso que aconteceu num final de dia, em plena semana. Os filhotes tomaram banho e aproveitando o início de noite gostoso e sem vento pediram:
-- Mãe, podemos acampar na varanda?

E lá foram eles de pijama e lanterna montar cabaninhas na minúscula varanda.
Para ficar ainda mais legal, levaram um jogo de tabuleiro.
E entre risos e reclamações ficaram lá, sendo irmãos, enquanto eu terminava o jantar.

...

Nem sempre consigo, mas tem horas que é fácil ser feliz com a rotina e me inspirar nela para fazer o meu tempo render -- ao seu ritmo.

1 de outubro de 2014

Uma receita lembrete




Mais que um compartilhamento de receita este post é um lembrete para mim mesma.
Posto uma mistura que surgiu num jantar rápido que fiz dia destes. Aqui no ninho gostamos do resultado, mas se bem me conheço, nunca mais lembrarei de repeti-lo se não anotar direitinho. A improvisação na cozinha tem destas coisas...

Carinhosamente chamamos este prato de “parafuso com tudo misturado”, mas como é muito mais legal inventar um nome imponente... Apresento o:

Fusilli colorato com cubos de ricota acompanhados por abobrinha em lâminas


Ingredientes
pesto de agrião e alho em azeite
cenoura em fios
azeitona verde em rodelas
azeitona portuguesa em rodelas
paio cozido cortado em cubos (usei bem pouco só pra tapear o marido carnívoro. Ficou bom, mas é dispensável)
ricota cortada em cubos e temperada com um pouco de sal
para coroar, abobrinha em lâminas

Pesto de agrião
Agrião bem picadinho como o desta receita + um dente de alho espremido + uma porção generosa de azeite.

Abobrinha em lâminas
Lave bem as abobrinhas e corte-as bem finas, no comprimento. Coloque-as em uma forma refratária em camadas, salpicando sal e regando com um pouco de azeite e 1 dente de alho amassado. Leve ao forno ou ao microondas por alguns minutos. Para 2 abobrinhas médias  5 minutos em potência alta no microondas foram o suficiente. Ficaram no ponto: cozidas, mas tenras.

Preparo do prato
Cozinhe o fusilli e assim que escorrer a água junte o pesto e misture bem. Adicione então a cenoura, as azeitonas e o paio. Misture. Por fim junte a ricota que deve ser misturada com delicadeza para não desmanchar demais.
No prato, a abobrinha chega para fazer companhia.
Sirva imediatamente.



Dicas
  • Para fazer a cenoura em fios uso uma espécie de ralador que se encontra nos empórios japoneses (foto à direita).
  • Usei uma ricota bem densa para que não se desmanchasse facilmente.
  • Este fusilli ficou bom quente mas também ficou ó-te-mo no dia seguinte, frio mesmo. Foi a sobra dele que posou para as fotos que ilustram este post antes de ser definitivamente consumida por mim.


Mangia!  ;o)