22 de maio de 2014

Das leituras


Budismo, Mitologia Grega, Osho, Judy Moody... e muito mais.
As leituras que se espalham pela casa, compartilhadas ou autônomas.

21 de maio de 2014

Choveu pedra


Gosto de observar tempestades, não tenho medo de trovões nem de raios (desde que esteja bem protegida, é claro). Coisas que aprendi com meu pai. Ele nos ensinou a ver a beleza do reflexo dos raios nas nuvens – apesar dos barulhos às vezes assustadores.
Por outro lado, minha avó até hoje, a cada raio, exclama assustada: “Ai, minha santa Bárbara!” – e eu, desde criança, acho isso engraçado.

Se raio e trovão é legal, chuva de granizo então, é o máximo, ainda mais numa época tão atípica como o Outono.
A gente corre para ver e fica se espantando: “olha o tamanho daquela pedra! Olha aquela outra! Uau, olha quantas!”

A chuva deste fim de semana foi forte e “cobriu” de gelo alguns pontos da cidade. No dia seguinte ainda havia gelo acumulado em alguns locais.

A natureza se fez presente com força -- talvez reclamando dos mal-tratos, talvez querendo dizer para sermos mais atentos a ela ou... talvez não querendo dizer nada (mas, de minha parte, acho que ela sempre tem algo a dizer).

Ventou, caiu água e gelo. As folhas foram para o chão.

...

Para mim o que ficou de mais forte após a chuva foi o cheiro. O cheiro das folhas maceradas pelas pedras de gelo, arrancadas dos galhos, forrando calçadas e ruas, camuflando carros.

Depois do toró passamos perto de um local com muitos eucaliptos e o ar era uma delícia. Fresco, limpo e com aroma de eucalipto. Uma névoa saindo do meio das árvores. Coisa boa.
O cheiro invadiu o carro fechado. Bastou esta deixa para que abríssemos as janelas e deixássemos o ar e o perfume entrarem sem barreiras.

...

Enquanto isso eu, a mãe-natureba, dizia: “Respiiira pessoal! Puxa o ar que eucalipto é ótimo para os pulmões!”
Inalação in natura. :oP

16 de maio de 2014

* this moment *

Um jeito gostoso de blogar às sextas-feiras.
Me junto à Amanda, do SouleMama, numa reflexão fotográfica sobre a semana que vai chegando ao fim:

"{this moment} - A Friday ritual. A single photo - no words -
capturing a moment from the week. 
A simple, special, extraordinary moment.
A moment I want to pause, savor and remember."


***

O momento especial desta semana não foi registrado por mim.
Os créditos da foto abaixo são todos (todos mesmo) da A., mãe-da-amiga-da-L. :o)

14 de maio de 2014

Somos gateiros

"gateiro
(ga.tei.ro)
a.
1. Diz-se de pessoa que gosta de gatos, que é amiga dos gatos"
Aulete Uol
Quando comecei a pensar em ter um gato, a internet foi minha maior aliada na busca de informações. Pesquisei seus hábitos, seus comportamentos, tentei entender um pouco o que era ter um gato em casa antes de ter um.
Essas informações “internáuticas” -- que em grande parte eram depoimentos de pessoas que convivem com felinos --, nos ajudaram a decidir pela adoção de um gato, na verdade gatA, já imaginando mais ou menos como seria a experiência.
Por isso, aos poucos, farei alguns posts contando como foi (e é) nossa experiência com gatos e, quem sabe assim, também ajudo futuros gateiros a tomarem sua decisão.

Cresci praticamente sem ter contato com gatos – meu marido também. O único felino que passou pela minha infância vivia na casa da minha nonna e deve ter morrido quando eu ainda era muito pequena.
Não havia nenhum gato de estimação por perto nem na casa de parentes, nem de amigos.
Havia alguns gatos que frequentavam nosso quintal (principalmente à noite) e não eram muito bem-vindos devido ao barulho que faziam em plena madrugada. Geralmente eram espantados com esguichos de água pelo meu pai.

O que eu ouvia esparsamente sobre de gatos era que (repare nas aspas!): “eram traiçoeiros, não se apegavam aos donos, eram interesseiros”... Alguns estereótipos equivocados que me faziam ter medo deles e sequer considerar a possibilidade de ter um bichano de estimação.
O tempo passou e quando decidimos ter um bichinho de estimação por perto a melhor alternativa acabou sendo... um gato, quem diria!

Eu andava de olho e prestava atenção a vários cat lovers da blogosfera e minha opnião a respeito dos gatinhos estava bem mais aprimorada e o melhor: limpa de preconceitos.
Todos com quem eu conversava me recomendavam ter um gato em função do nosso pouco espaço, do pouco trabalho para cuidar deles, de sua boa adaptação com crianças...

A ideia foi se estabelecendo e finalmente adotamos uma gatinha. E... foi demais!
Com certeza a melhor escolha: em uma semana já éramos totalmente gateiros. Ficamos encantados com o fato de termos uma felina ronronando pelo apê.
Nós quatro nos derretemos com a inteligência, elegância e fofura de nossa primeira filhotinha:
brincalhona, carinhosa e linda.

Resultado: somos gateiros há 4 e desde a primeira adoção, acho que nunca mais ficaremos sem um gato em casa.

 

5 de maio de 2014

Fusca Rosa Sorriso


A imagem que me ficou do fim de semana: em pleno domingo, numa das avenidas de São Paulo avistamos um pouco à frente do nosso carro um fusca conversível cor-de-rosa.

Para mim, um fusca antigo bem conservado por si só já vale um sorriso, imagine então se ele for rosa, de bancos brancos e estiver com a capota abaixada, circulando lépido e fagueiro num dia ensolarado, pilotado por uma sorridente senhora com os cabelos presos num coque?

Ao ultrapássa-lo olhei sorrindo para a senhora motorista que retribuiu o sorriso.
Felicidade instantânea, não dá para segurar. Só de lembrar sorrio. :o)


Foto: http://fasdofusca.blogspot.com.br/2012/09/fusca-conversivel-rosa.html

3 de maio de 2014

Criações ao vento também na cozinha



Já falei um pouco aqui sobre como é meu estilo na cozinha: meio intuitivo e experimental.
Em geral gosto de pratos rápidos e práticos, com ingredientes que alimentam o corpo e empolgam o paladar. Sou fã dos pratos únicos. Não sou muito de consultar receitas, mas gosto de passear de vez em quando por blogs culinários para me inspirar.

Meu negócio é pegar o conceito da receita e usar o que tenho à mão sem medidas muito exatas, por isso vou tentar ser o mais precisa possível ao dar esta receita.
Não me lembro bem como ela surgiu, mas nela juntei vários ingredientes que gostamos aqui em casa e o resultado agradou a todos.
A maior proeza deste prato é agradar inclusive ao mais carnívoro dos maridos (o meu!). Este penne com shimeji tem o poder de saciar este homem que não fica sem carne. Talvez outros carnívoros reajam da mesma forma.

Feita a introdução, vamos à receita!  ;o)

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Penne com shimeji

Ingredientes
400 grs de penne (uso o grano duro)
2 bandejinhas de shimeji branco
1 punhado generoso de agrião
½ xícara de azeitonas pretas*
½ xícara de azeite
400 grs de tomatinhos*

*já utilizei diversos tipos de azeitona: portuguesa, azapa, nevadilha... também já usei o tomate cereja e o sweet grape...  cada qualidade de azeitona ou de tomatinho tem um sabor bem característico, nós gostamos de todas as misturas até agora. Sugestão: vá testando de acordo com o seu paladar – ou com o ingrediente que estiver mais a mão.


Modo de fazer
Numa panela grande coloque a água da massa para ferver.
Enquanto esta água aquece e o macarrão cozinha, dá tempo suficiente de preparar o “molho” -- assim tudo ao mesmo tempo, no final é só sentar e nham!

Lave o shimeji em água corrente e tire o miolinho mais duro do”ramo” de cogumelos. Separe um pouco os raminhos cortando-os com a faca. Coloque tudo numa frigideira anti-aderente com tampa. Cozinhe o shimeji sem nada (não é necessário acrescentar nem água, nem azeite, nem manteiga. Na-da). Basta uns 5 minutos na frigideira e ele solta uma aguinha. Quando espetar o garfo e estiver macio está pronto, é rapidinho.
Dica: não deixe a água secar porque ela é super saborosa e cai bem com o penne. Salgue a gosto após desligar o fogo.
Reserve.

Pique bem miudinho uma boa quantidade de agrião (já lavado). Pode exagerar porque ele vai reduzir bastante de volume depois de picado além de murchar com o calor da massa.

Descaroce as azeitonas e pique-as como o agrião. Vai virar uma pasta de azeitona.

Junte: o agrião, a azeitona e o azeite. Misture bem.  (Essa parte da receita tem o mesmo conceito do pesto. Talvez dê certo juntar tudo no liquidificador, nunca tentei. Prefiro picar tudo na faca como boa filha de italiano que gosta de cozinhar.)

Lave os tomatinhos, escorra-os e corte-os ao meio.
Reserve.

Tá de olho na água? Ferveu? Acrescente sal a gosto e coloque a massa para cozinhar.
Fique de olho no ponto de sua preferência (aqui deixamos al dente). Escorra a massa assim estiver pronta e coloque-a de volta na panela quente (assim você aproveita o calor). Fogo desligado.

Agora começa a farra: junte o shimeji e o pesto de agrião e azeitona. Misture bem.


Sirva numa tigela para que cada um se sirva ou monte os pratos individuais. 
Após colocar o penne nos pratos, por cima coloque os tomatinhos. Desta forma eles não vão murchar com o calor.


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Dicas finais:
  • Aqui em São Paulo, o Shimeji branco e todos os outros tipos de cogumelos frescos são ótimos de comprar em empórios japoneses. Normalmente são frescos e bem mais baratos que os de mercados e hortifrutis.
  • Este prato também pode ser consumido frio ou à temperatura ambiente nos dias mais quentes.
É isso! 
Bom apetite! :o)